terça-feira, 3 de janeiro de 2017

DST's em Sala de aula - Dinâmica do Contato



A dinâmica do contato, corresponde aos conteúdos correlatos ao ensino da sexualidade no ensino fundamental e médio, caracterizados como temas transversais ou então inseridos às aulas de biologia. Seu foco principal está na conscientização dos alunos com relação às DST's, e da maneira como ocorre o contágio, dando espaço para a abertura de debates pertinentes aos métodos de prevenção, como o uso das camisinhas (feminina e masculina), e os modernos PREPs.
A dinâmica é bem simples e pode ser realizada como forma de quebrar o gelo no primeiro dia de aula, aumentando a interatividade entre os colegas e entre professor e aulos. Vai ser preciso:

- Pedaço de papel cartão colorido (Verde, Amarelo e Vermelho);
- Folhas sulfite para cada um dos alunos;
- Lápis de cor (Verde, amarelo e vermelho, para cada aluno).

Primeiro o professor irá precisar recortar pequenos pedaços do papel cartão de acordo com o número de alunos em sua sala, e de acordo com a proporção das cores. Sugerimos que 70% dos cartões sejam verdes, 20% sejam amarelos e 10% sejam vermelhos. Seguindo a proporção abaixo.


Em uma sala com 40 alunos então, seriam: 28 cartões verdes, 8 cartões amarelos e 4 cartões vermelhos.
O professor irá depositar estes cartões em um saco, e irá pedir para cada um dos alunos retirar um, gravar a cor e guardar no bolso. Cada aluno precisará ter consigo um pedaço de folha sulfite, e lápis de cor com das 3 cores (eles podem emprestar uns aos outros na hora).
Tendo isso, comece a brincadeira, coloque alguma música agitada, e fale para os alunos dançarem, interagirem uns com os outros. Depois de certo tempo, pare a música, e fale para estes assinalarem a cor que retiraram no papel do colega que estiver ao seu lado, ou com quem está dançando/conversando.
Repita o processo, desta vez, os alunos precisarão colocar a cor que possuíam no início e aquela que eles receberam no primeiro contato. Repita este processo mais duas vezes, alertando os alunos à não marcarem o mesmo colega mais de uma vez.
Ao final da brincadeira, cada aluno possuirá várias cores em sua folha sulfite, e é neste momento onde o professor irá revelar o significado de cada cor.
O verde significa as pessoas que não são portadoras de nenhuma DST. O amarelo se refere às pessoas com DST's comuns, como sífilis, gonorreia, candidíase. Aqueles que possuem o cartão vermelho, por sua vez, são portadores de HIV. Peça para os alunos verificarem as cores que possuíam no final, e organize na lousa a proporção de alunos os quais depois das cinco rodadas, haviam recebido cores amarelas ou vermelhas, ou que então continuavam apenas com cores verdes.
A proporção de alunos "infectados", terá crescido, e a partir disso, é possível alertá-los sobre o quão fácil o contágio se dá. Tendo isso, indague-os com relação aos métodos de proteção, à sobre como não contrair doenças sexualmente transmissíveis, aproveite o momento para tirar dúvidas dos alunos, muitas vezes carentes de informações precisas sobre estas questões ainda consideradas Taboo em nossa sociedade.




terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Carrinho de Bexiga - Ensinando Física Mecânica de uma maneira divertida!


O carrinho de bexiga, é uma atividade que vem sendo realizada todos os anos em nosso projeto, apesar de simples, esta possui um apelo muito grande junto aos alunos, e pode servir como ferramenta de aprendizagem à assuntos espinhosos em sala de aula, como física mecânica.

MATERIAIS:
               
A ideia é a construção de um carrinho com base de papelão, movido pelo ar que escapa da bexiga acoplada a este, tendo seu movimento. Os materiais são de baixo custo de aquisição, são estes:
- Pedaço de papelão (Não precisa ser muito grande, acompanhe as imagens do modo de produção para tirar uma base do tamanho ideal);
- 3 Canudos Plásticos;
- 2 Palitos de Churrasco;
- 4 Tampinhas de garrafa PET;
- 1 Bexiga tamanho 9’’;
- 1 Prego;
- 1 Vela;
- Durex;
- Tesoura;
- Alicate (Opcional).

MODO DE CONSTRUÇÃO:

1° Passo – Formate o pedaço de papelão com a tesoura, o interessante é que os alunos possam modelar de acordo com sua criatividade o papelão que irá formar a base do carrinho, para em uma segunda etapa de testes, poderem compreender a influência do design escolhido na eficiência do movimento do carrinho.


2° Passo – Construa os eixos do carrinho. Forme dois eixos passando o palitos de churrasco por dentro de 2 canudos plásticos, corte os pedaços sobressalentes de ambos. Esquente o prego na vela, e fure o centro das 4 Tampinhas de garrafa PET, espete os palitos de churrasco nestas cavidades formadas. Com o durex, prenda os eixos à base de papelão dispostos paralelamente (Como em um carro). IMPORTANTE: Em sala de aula, coordene o trabalho com a chama, isso pode ser perigoso.


Eixos utilizando 8 tampinhas também podem ser construídos.






3° Passo: Construa a base para fixas a bexiga. Recorte um pedaço de papelão e prenda este com durex na parte dianteira do carrinho, com a tesoura, faça um pequeno furo neste. Recorte uma parte do canudo que sobrou, encaixe-o à bexiga e vede com durex. Por fim, encaixe o canudo com bexiga no furo da base.





Está pronto o carrinho de bexiga!

CONCEITOS QUE PODEM SER ABORDADOS:

                Proponha que os alunos testem os carrinhos e em times, cronometrem em quanto tempo o carrinho percorreu determinada distância, peça que os mesmos formem tabelas com os dados, e posteriormente calculem a velocidade dos carrinhos. Em uma roda de discussão, promova o debate relativo ao porquê alguns carrinhos foram mais longe, mais rápidos, ou mesmo fracassaram com relação ao movimento.

                A atividade em questão já foi aplicada em sala de aula por muitos de nossos participantes, e é um sucesso ao promover a colaboração entre colegas de sala. Deixe sua criatividade alçar novos patamares, e promova debates pertinentes à construção de gráficos, às forças de atrito, às formas sustentáveis de geração de energia, enfim!

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Um sistema vivo dentro de uma garrafa – O Terrário.

A atividade proposta trata-se da simulação de um ambiente terrestre, ou seja, construção de um terrário. Para isso são inseridos em uma garrafa pet transparente, pedras, carvão mineral, terra de jardinagem, água e uma pequena planta. A atividade possibilita a discussão de assuntos da área de Biologia, de Química e Matemática entre outras. Dentre os vários conteúdos que podem ser trabalhados nesta atividade citamos: os mecanismos de sobrevivência das plantas, ciclos biogeoquímicos, ciclo do oxigênio, proporção de materiais utilizados, etc.

Os materiais para construção do Terrário são os seguintes:
  1.  1 galão de água de 5 litros vazio com tampa;
  2.  Pedras/cascalho (daqueles utilizados em contrução civíl);
  3. Terra (de jardinagem, ou coletada);
  4. Carvão Mineral;
  5.  1 planta (de qualquer tipo, de preferência pequena, para que possa passar pela boca da garrafa);
  6.  Fio de arame;
  7.  Água;
  8.  Fita adesiva.

Modo de fazer:

1 – Retire a tampa, e cubra todo o fundo do galão com as pedras;

2 – Adicione um pouco de carvão mineral e a terra de jardinagem, cobrindo todas as pedras (utilize um funil, como este da foto 2 feito com uma folha sulfite para direcionar a terra);
3 – Adicione a planta à garrafa;
4 – Utilize o arame, se necessário, para acomodar a planta dentro do galão;

5 – Adicione um pouco de água à garrafa;

6 – Tampe o galão e vede com a fita adesiva toda a abertura.

7 – Está pronto o terrário!

A ideia é que mesmo vedada e sem realizar trocas aparentes com o meio externo, a planta continue viva e crescendo, formando um sistema próprio dentro do galão, é indispensável que as garrafas sejam deixadas em um lugar que tenha contato com o sol para o sucesso da atividade.
O local ideal para a realização da atividade é em laboratório, ou em um lugar aberto, como o pátio, onde os alunos possam ter a liberdade necessária para realizar a construção. O professor e os alunos poderão decidir onde manter as garrafas, na escola ou nas suas casas.
Em alguns casos, pode ser que as plantas não sobrevivam, a partir disso, devem ser realizadas discussões, debates e questionamentos sobre a atividade realizada e os motivos que levaram à morte/vida da planta. É interessante que o docente proponha uma espécie de diário de observações sobre o desenvolvimento do mini ecossistema.


Volta aos trabalhos



Olá pessoal! Depois de alguns meses parados, estamos voltando à nossas publicações, pretendemos atualizar a página semanalmente com alguma atividade realizada pela turma 2016 do projeto, como parte dessa renovação, a primeira publicação da nova fase já está disponibilizada, e trata sobre a atividade de construção do Terrário, voltada às Ciências Naturais. 

Esperamos que gostem das novidades!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Sexualidade no meio escolar




Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, sexualidade, é tido como um tema transversal no ensino, juntamente com tópicos como ética e cultura, a presença desses temas em sala de aula, vem de encontro ao trabalho social realizado pelas escolas, as quais, inseridas na sociedade atual, tem o trabalho não só de passar o conteúdo programático, mas também, de contribuir na formação de cidadãos conscientes e participativos. Por ser um tema muitas vezes "espinhoso", muitos professores, assumem não ser de sua alçada tratar deles em sala de aula, ou muitas vezes atribuem erroneamente a função ao professor de biologia. Contudo, ninguem melhor que o professor, para dizer o quanto as questões pertinentes à sexualidade interferem na vida dos jovens e o quanto estão presentes no dia-a-dia das escolas, sendo assim, é tarefa do professor, também se atualizar dessas questões, pesquisar, estudar sobre, para que então, seja capaz de direcionar corretamente seus aprendizes.

Pensando nisso, e tendo consciência dessa realidade, o projeto então se propôs a elencar uma série de atividades pertinentes ao tema sexualidade, e que podem ser trabalhadas em sala de aula, sem ocupar muito tempo, mas mesmo assim, contribuindo para o aprendizado e formação dos alunos.

Atividade da Caixa


A caixa da sexualidade, tem como objetivo, sanar dúvidas dos alunos, a ideia aqui, é que o professor, construa sua própria caixa e a decore, feito isso, ele irá deixá-la em algum lugar na sala de aula, para que os alunos possam então depositar perguntas anonimamente, depois do período letivo, o professor poderia então ler as perguntas, e respondê-las depois de uma pesquisa ao início de suas aulas, esclarecendo as dúvidas para toda a sala, sem constranger o aluno que a fez anonimamente.

O materiais utlizados são básicos, uma caixa de sapato, tesoura, e itens de decoração. A tesoura servirá para abrir o furo na tampa da caixa, onde poderão ser depositadas as perguntas escritas em pedaços de papel, os itens de decoração, servirão para embelzar a caixa, daí se vale da criatividade do professor, utilize lantejoulas, glitter, acrescente ilustrações, etc.

Com relaçao às perguntas, o professor poderá se deparar com questões das mais diversas, desde DST's até masturbação, vai do professor se mostrar disposto e ter a coragem de sanar essas dúvidas dos jovens.

Atividade da Máscara


Nessa atividade será trabalhada a questão da identidade pessoal, ou seja, como os alunos se enxergam, a ideia aqui, é que através da decoração da máscara, o aluno exprima o que sente, por exemplo, alunos tímidos, tendem à decorar mais suas máscaras, fazê-las mais chamativas, como uma maneira de se expressar artisticamente.

Os materiais são básicos também, palitos de churrasco, papelão, cola e materiais de decoração. Os palitos de churrasco servirão como suporte da máscara de papelão, a máscara por sua vez, terá as formas e decoração que o aluno quiser, afinal, o objetivo aqui é que ele se expresse.

Construídas as máscaras, coloque marchinhas de carnaval para tocar e peça para os alunos circularem pela sala, como um legítimo baile de máscaras, depois de um tempo, peça para que estes parem e se organizem em um círculo de debate, nessa etapa, o professor pedirá para que o aluno descreva a máscara do colega que está ao seu lado no círculo, peça para que eles tentem também, elencar características do comportamento do colega expressas na máscara, contribuindo não só para a interação entre os jovens, mas também para sua capacidade de associação e interpretação.

Quer mais?

"Uma proposta de Educação em Sexualidade para Escolas Estaduais do Grande ABC", se trata de um outro projeto de extensão também promovido dentro da Universidade Federal do ABC, como o nome da atividade já denuncia, ele é voltado exatamente para o assunto aqui tratado, sexualidade, e como lidar com a mesma em sala de aula. Para mais dinâmicas e atividades, acesse o blog do projeto logo abaixo: 

https://sites.google.com/site/sexualidadeufabc/home

Dúvidas e sugestões envie um e-mail pra gente: producaodemateriaisdidaticos@gmail.com

Produção de Materiais Didáticos, UFABC.

Vinicius da Cunha.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Uma fonte interminável de aplicações: Massinha de modelar caseira

Há muito tempo já se é utilizada a massinha de modelar para a explanação de diversos conceitos no ensino fundamental ou médio, a possibilidade de moldar o material e formar diversos objetos geométricos de visualização instantânea já é utilizada por muitos professores.
Contudo, o material pode ser deveras dispendioso, para uma classe com quarenta alunos ou mais, como encontramos nos dias de hoje no sistema público de educação, alunos estes, que muitas vezes não tem nem o que comer em casa, se torna uma tarefa difícil de ser concretizada e aplicada.
Uma ideia já testada em sala de aula foi então proposta por um de nossos colaboradores do projeto, a criação da massinha caseira, trazendo a abordagem da possibilidade das múltiplas aplicações da mesma. Confira:

Materiais

- 1 Kg de farinha de trigo;
- 200 ml de sal (aproximadamente 20 colheres de sopa);
- Água;
- Suco em pó (o suco será utlizado como corante, uma boa opção nesse caso é comprar aquele famoso suco artificial raro atualmente de 20 centavos que promete render 2 litros, este tinge de maneira mais fácil a massinha).
- Recipiente fundo (Bacia, uma tigela grande);
- 1 colher de óleo.

Como fazer?

1 - Adicione a farinha e o sal na bacia e então misture-os levemente com as mãos.
2 - Adicione a colher de óleo e logo depois coloque a água, aos poucos, solvando a massa, para que a mesma fique homogênea, feito uma massa de pão.


3 - Pronta a massa, divida-a em partes e então utilize o suco em pó para colorir os pedaços de massa, utilize vários sabores criando assim várias cores de massinha (dilua o suco em um pouco de água para que o mesmo renda mais);

Está pronta nossa massinha de modelar caseira!

Como aplicá-la em sala de aula? Confira essa dica:

O Valdemiro e a Critiane, participantes de nossa oficina e professores do ensino fundamental II, utilizam massinha para a constução de sólidos geométricos em representações matemáticas:

Faça a massinha com os alunos, divida-os em grupo e depois fomente o desafio de criar as formas geométricas com a ajuda de palistos de churrasco, uma série de conceitos ser explanados através disso, o conceito de face, arestas e em outro passo até de volumes.

Aplique e divulgue mais essa ideia!

Equipe responsável:
Coordenação: Profa. Dra. Mirian Pacheco Silva
Colaboração: Prof. Dr. Evonir Albrecht
Mestranda: Josilda dos Santos Nascimento Mesquita
Bolsistas: Vinicius da Cunha Alves de Araújo e Natalia Uehara



Conceito aplicado: Dominó na sala de aula

O dominó como conhecemos hoje foi inventado aproximadamente dois séculos antes do nascimento de cristo por um soldado Chinês chamado Hung Ming, o jogo já passou por diversas transformações inclusive no material de suas peças ao longo dos anos, sendo que no início ele era feito de ossos ou marfim.
Trazendo o conceito desse jogo presente em nosso cotidiano para a sala de aula, podemos relacioná-los ao conceito matemático da soma em equações de primeiro grau. A prática é bastante simples, observe uma peça já pronta:

Essa é mais uma das vertentes dos jogos, dominó de frações e dominó de ângulos já apresentados aqui no blog, a mudança no jogo foi proposta por três de nossos participante Valdemiro, Cristiane e Karina, os quais são professores do sistema estadual de ensino, levaram a proposta com suas modificações para a sala de aula, mostrando a versatilidade de tudo o que é mostrado na oficina.
Estes na foto acima, são os professores relatando suas experiências, o que o Valdemiro segura, faz parte de um outro jogo também sugerido por eles o dos sólidos de massinha e palito. Além de modificar a abordagem do jogo, os professores optaram por imprimir parte da frente das peças e colá-las em EVA, a dinâmica foi aplicada durante duas aulas de matemática do ensino fundamental II e contribuiu para a assimilação dos alunos, do conteúdo.
Quer saber como faz? Visite nossas publicações mais antigas:




Equipe responsável:
Coordenação: Profa. Dra. Mirian Pacheco Silva
Colaboração: Prof. Dr. Evonir Albrecht
Mestranda: Josilda dos Santos Nascimento Mesquita
Bolsistas: Vinicius da Cunha Alves de Araújo e Natalia Uehara